terça-feira, 16 de julho de 2013

A Nova Direita do Brasil

O principal benefício que os protestos trouxeram para a prática é a discussão política. Pode ser que ainda vejamos novos desdobramentos, com novas perspectivas. Mas isso por sí só já é um grande benefício. Com o despertar politico do brasileiro surgem diversos questionamentos em relação aos modelos de política existentes.

Sendo assim, gostaria de propor uma nova visão sobre a vertente política de direita no país. Hoje como oposição, a direita perde sua força. Não há um só partido político consolidado que defenda uma agenda baseada nesta ideologia. Capaz de ser eleito.

É sabido que há um certo trauma quando se fala deste assunto, pois lembra-se da recente ditadura militar, os chamados anos de ferro no Brasil.

Mas hoje há espaço para uma nova direita, fundamentada na liberdade individual. Na liberdade de expressão. Essa vertente é partidária do Estado Laico. Onde a religião não deve interferir nos assuntos do estado. Veja bem, não significa um estado Ateu, que não respeite as religiões. Mas sim que as decisões sejam tomadas de forma a estar isenta da influência das diversas religiões. Ou seja um candidato pode professar uma religião, mas não enquanto é político. Ele pode desenvolver sua espiritualidade no seu tempo vago. O que é um direito de todo cidadão.

Hoje com as redes sociais, não há mais espaço para a manipulação da população, em questão de minutos qualquer assunto pode ser divulgado a nível mundial. O eleitor não aceita mais qualquer coisa. Qualquer coisa não serve mais. Queremos que seja feito o melhor possível sempre.

Essa direita deve ser progressista, não conservadora  e não dogmática. Ela deve ser flexível. Acima de tudo liberal no plano político também. Assuntos como a regulação das drogas, do aborto e casamento de pessoas do mesmo sexo devem entrar na pauta e serem encarados seriamente. Eles devem ser analisados com pragmatismo e sobre o prisma das mais eficientes práticas adotadas por diversos países no mundo. Pois estes são assuntos que dizem respeito somente as liberdades individuais. E o estado não deveria ter o poder de interferir nestas questões. Ele deve decidir a favor do todo e não do individuo. A nova direita deve ter sua orientação econômica caracteristica. Mas ela não pode ser só isso. Pois é importante ter a visão do todo. A economia é um reflexo de diferentes politicas.

Outra questão a ser defendida é o investimento sério em infraestrutura. Sem isso não há mudança. O Brasil precisa de investimentos pesados em mobilidade urbana, diversos modais de transporte( não somente rodoviário), investimentos qualitativos em saúde e principalmente em educação. Essa é a tecla deve ser batida insistentemente para que continuemos a ser o país do futuro. E falando nisso, a pauta ambiental deve ser considerada de extrema relevância. Afinal não há sustentabilidade econômica em um modelo que não leva em consideração a manutenção e preservação dos recursos humanos e ambientais.

Uma redução significativa no poder do estado em decidir sobre o conteúdo da educação e também sobre as decisões individuais (  que impliquem somente ao indíviduo que as toma) se faz nescessária. Isso deve ocorrer de maneira objetiva, de modo a aumentar a eficiência dos investimentos públicos e a qualidade na tomadas de decisões. Isso só é possível com a aplicação de governança corporativa e as melhores práticas de gestão, devidamente aplicadas a nossa realidade. Mas o estado não é uma empresa, não não é. Mas pode se aproveitar do conhecimento técnico nesta área dos gestores na hora de solucionar os problemas. Com isso reduzir significativamente os impostos, para que a iniciativa privada seja o motor da economia. E não o governo.

Finalizando é nescessário encarar de frente uma reforma política, que aconteça gradualmente, mas seja executada por pessoas com conhecimento de causa e com impactos e consequência apresentados de forma bem clara para a população. Com isso se pode pensar uma reforma tributária, que vise além de reduzir os impostos, simplificar sua metodologia de cálculo e aplicação destes recursos. Uma reforma legal, de modo que as leis sejam simplificadas e abrangentes, que sirvam ao mesmo tempo a diversos propósitos, mas fundamentalmente sejam cumpridas por todos. Esse deve ser o papel reformista da nova direita, que precisamos para ser uma grande potência pacífica. Que simplifique a forma de governar o país e faça isso a luz do conhecimento. Aumentando a liberdade de expressão e fazendo com que seus resultados sejam vísiveis a todos. Isso se chama Libertarianismo. Uma direita centrada.

by Gustavo Severo Faria